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Seminário “Revelando o Esporte Brasileiro”


 

Prezados, bom dia

No último sábado, 16 de julho, às vésperas da Copa Revelação de Judô, foi realizado o seminário “Revelando o Esporte Brasileiro”, onde o prof. João Bosco Pesquero apresentou o que está sendo estudado sobre pesquisa genética para esportes de alto rendimento.

Estes estudos visam mostrar qual o melhor esporte, adequado a cada mapeamento genético considerando diversos fatores. Em sequência houve uma “mesa redonda” com o próprio Pesquero, Aurélio Miguel, Ney Wilson, Ney Mecking entre outros.

 

Eu representando tanto a equipe do Judô ao Vivo como a Equipe Jita Kyoei, tive a oportunidade de fazer alguns questionamentos, que seguem:

 

 

Em pergunta dirigida ao Aurélio Miguel, questionei o que ele pensava sobre todo este estudo sobre genoma, considerando que para Seul 88 ele foi praticamente só com o Kimono e a Faixa.

Aurélio respondeu que acha super importante, pois até 88 os judocas iam assim mesmo… Só kimono, faixa e coragem. Disse ainda que a parte boa disso era conhecer muito bem todos os lugares onde ia competir, pois o tanto que tinha de correr para entrar no peso era coisa de outro mundo. Entretanto, após 88 ele passou a ter um acompanhamento com outros profissionais para se adaptar melhor ao peso.

Cabe ainda salientar uma informação nova pra mim. Aurélio comentou que nestas competições, enquanto ainda não tinha acompanhamento, ele chegava a fazer de 18 a 20 handoris nas vésperas das competições e quando ia lutar, ia com a certeza de que ninguém mais havia feito como ele aqueles handoris. Isso lhe dava confiança e mais vontade de ganhar.

 

As perguntas dirigidas ao Ney Wilson, coordenador da equipe de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, foram as seguintes:

 

1ª  Ney, seria possível sabermos quanto (valor pecuniário) e como são usados os investimentos no judô pela CBJ.

Em resposta, Ney disse que tudo na CBJ é feito com orçamentos e que ele só poderia responder pelo departamento dele, que é o Alto Rendimento.

O orçamento para o Alto Rendimento incluindo viagens, salários dos profissionais, infra-estrutura, entre outras coisas gira em torno de R$ 3.500.000,00 por ano e que além disso há uma quantia de R$ 1.000.000,00 reservados para ajuda de custo para os atletas que estão dentro do Ranking Mundial que varia de R$ 3.000,00 a R$ 11.000,00 por atleta.

 

2ª – Ney, considerando que hoje temos as equipes bem formadas (masc e fem) tanto de Alto Rendimento, Sub 17 e Sub 20 e as equipes de base, e sabendo que para chegar a estas equipes, os judocas precisam apresentar bons resultados em campeonatos, muito clubes/professores focam tanto no resultado que ensinam muitas vezes técnicas que invariavelmente acabam por lesionar muitos atletas em sua fase infantil. Ou seja, muitos arriscam tudo para chegar lá e muitas vezes se “aposentam” cedo demais por conta de lesões.

 

Em resposta, Ney comentou que infelizmente muitos dos atletas chegam à seleção muito lesionados, o que prejudica todo o trabalho, mas a CBJ está cada vez mais investindo em palestras e seminários com o intuito de orientar os professores.

 

Concluindo, gostaria de agradecer a todos os envolvidos por proporcionar mais este evento com foco no aprendizado e difusão do judô.

 

Forte abraço a todos. 

  1. outubro 30, 2011 às 12:05 am

    Parabéns pelas materias e pelo blog, excelente trabalho!

    Procurei um contato seu na página e não encontrei em lugar nenhum.
    Teria algum email pra nos falarmos.

    Grande abraço,

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